CICLO DAS CHARQUEADAS RESPLANDESCÊNCIA ECONÔMICA E CULTURAL DE PELOTAS, A ATHENA RIO-GRANDENSE




O ciclo do charque fez da cidade de Pelotas o centro cultural do Rio Grande do Sul a ponto de cogominarem-na de Athenas Rio-Grandense. Os "coroneis" do charque mandavam os filhos estudarem em Paris, e traziam as maiores expressões do canto lírico e operístico mundial. Pelotas deveria ser, segundo o parecer de políticos da época a capital do Rio Grande por se constituir no centro economico do estado e para onde convergiam os rebanhos para abate e transformação em carne fresca, e charque que era exportado para o norte e nordeste brasileiro e para a Europa. Mão de obra a la farta, tanto para pelotenses como forasteiros e aventureiros que chegavam, diariamente, a procura de oportunidades de enriquecimento como comerciantes, ou arrebanhando o gado chimarrão sem dono e confinando em mangueirões especialmente construidos para ajunta-los. O Ciclo do charque foi o eldorado saladeril que enriqueceu e fez prosperar Pelotas - a Princeza do Sul

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CADEIRA ELÉTRICA


O mau se perverte e mata
a qualquer um da familia.
Se um traficante o contacta,
lhe
doma, enfre e lhe encilha!

O que trafica é um abjeto
fede a
morte, é coisa tétrica!
Vamos pô-lo, e com decreto,

numa cadeira elétrica!

Comece com deputado
o experi
mento á cadeira
pois que, além de ser culpado,
diz e faz muita besteira!

A lei mal feita por ele
é contra tudo o que é teu,
proteje a familia dele

por que a tua, ele vendeu

ao ladrão, ao traficante!
Ao falsário, á jogatina!

Ao homicida assaltante!
Á maco
nha! á cocaína!

Mas também tens tua culpa
por v
otar sem ter cabeça!
Votas mal, não te4ns desculpa,
num qualquer que te apareça!

É tu que elege o ladrão
o demagogo, o corrupto.

Nas alças dfo teu caixão
eles se exibem de luto!

Teu voto, teu voto sério
votado a ponta de dedo,
levaria ao cemitério

quem nos mete tanto medo!

Vota bem, vota consciente
começando em teu partido.
Não vota
no dirigente
com ma
rca de corrompido!

São del
es a indicação
á lista de candidato,
e a co
rja vem do galpão
para alugar um mandato!

Olha só! Do vilarejo,
do bairro teu domicilio,
vem os nomes do varejo
sem ter nenhum impecílio!

Surgem como vereadores,
vão á Câmara e ao Senado.
É o teu voto de favores
Que elege esse desgraçado!


Aguenta sem reclamar
pois foi
tu quem votou nele!
Só um j
eito pode mudar
a pouca vergonha dele!

Desenvolve uma campanha
nacional, que seja forte!
Te enc
oraja! Te assanha
E INVENTA A PENA DE MORTE!

Pra corrupto ladrão,
criminosos reincidentes,
juiz, ministro e patrão
que vivem matando as gentes!

Não te mixa! Vai á peleia!

A coragem dá o suporte,
mostra-lhes a cara feia
E CRIA A PENA DE MORTE!

Eis que ela está de plantão,
te apressa que o causo é sério!
Pra nós
pais, filhos, irmãos
as covas do cemitério!
(Sued Macedo)
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CRISTOVÃO PEREIRA DE ABREU

Nasceu em Portugal em 1680 na Freguesia de Ponte de Lima. Coronel das forças im
periais dedicou-se a troperear entre a Colonia Sacramento e Laguna. Levava gado alçado para Curitiba. Foi ele quem elaborou roteiros dos trajetos conhecido como "práticas". Abriu picadas para a rota dos tropeiros desde os campos de Viamão, Campos de Cima da Serra, Lages, Campos de Curitiba e Sorocaba. Da Vila de Viamão ás Feiras de Sorocaba, havia l500 quilômetros a percorrer em meses de viagem pela Estrada Real ou Caminhos do Sul. que na verdade eram vias abertas pelo nomadismo nativo, e bifurcavam-se junto a um paineira. Na região Sorocaba pela época do Descobrimento, existia uma encruzilhada marcada por frondosa paineira sob a qual se encontravam indios, sertanistas, tropeiros, bandeirantes, em viagem pelas duas vias. Dizem que os incas e os brasileiros praticavam o comercio entre si, e certamente seria ali no lugar chamado Araçoiaba, de baixo da secular paineira. Foi nesse lugar que nasceu a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. Cristovão Pereira de Abreu foi o primeiro tropeiro a conduzir uma tropa de muares pelas ruas da vila, em 1733, inaugurando o cíclo do tropeirismo. O pioneiro do tropeirismo morreu em Rio Grande aos 75 anos no dia 22 de novembro de 1755.
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AS CAPITAIS DA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE.

PIRATINI: A primeira capital provisória da República Rio-grandense proclamada nos campos dos Menezes em 11 de setembro de 1835;

CAÇAPAVA DO SUL ALEGRETE E SÃO BORJA

Estas foram capitais e nessa mesma ordem

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JOÃO SIMÕES LOPES NETO

Filho de Catão Bonifácio Lopes e de Teresa de Freitas Ramos,e neto paterno de João Simões Lopes Filho e de Eufrásia Gonçalves Neto materno de Jose Manuel de Freitas Ramos e de Silvana Claudina da Silva. Nasceu em 1865 na Estância da Graça, de propriedade do avô paterno. Descendia de lusos açorianos e continentinos. Com 13 anos foi estudar no Rio de Janeiro colégio Abilio. Retornou para Pelotas.Frequentou a faculdade de Direito no Rio de Janeiro, mas não conseguiu formar-se. Pelotas ainda era rica e próspera, economicamente produtiva com mais de cinquenta charqueadas. Herdou propriedades vendeu algumas e investiu em indústrias como: fábrica de vidro e uma destilária. A Revolução Federalista abalou a economia e, contudo, João Simões Lopes Neto prosseguiu nos seus investimentos criando uma fábrica de cigarros marca "Diabo". Montou uma firma de torrefação e moagem de café, e criou uma fórmula química a partir do tabaco, para combater a sarna e o carrapato. Montou uma Mineradora de prata em Santa Catarina, e todas essas iniciativas faliram deixando-o pobre. Aos 27 anos casou com Francisca Paula Meireles Leite, de 19 anos, em 5 de maio de 1892. Não tiveram filhos. Como jornalista trabalhou no Diário Popular, de Pelotas. Escreveu e publicou quatro livros e projetou outros e, destes, apenas "Terra Gaúcha" em seu segundo volume veio á lume. "Cancioneiro Guasca"-1910- "Contos Gauchescos"-1912- "Lendas do Sul" -1913- Casos do Romualdo"-1914. Morreu em 1916 aos 51 anos em Pelotas ,vitimado por uma úlcera perfurada. Seus projetos literários "Peona e Dona", "Jango e Jorge", "Prata de Taióe", e "Palavras Viajantes"parece,existiram apenas na intenção de realizá-los.O primeiro volume de "Terra Gaúcha" nunca foi publicado. DonaVelha, como era tratada sua viúva ,entre suas coisas encontrou apenas os manuscritos do segundo volumequefoi publicado pela Editora Sulina em 1955.(pesquisa: wilkipédia)<|p>

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GEN. DAVID JOSE MARTINS CANABARRO
(David Jose Martins Coelho)

Nasceu e Taquari no dia 22 de agosto de 1796 num lugar chamado Pinheiro onde o pai, Jose Martins Coelho fundaria uma Estância de criar. David Jose Martins iniciou sua vida militar na Campanha da Cisplatina -1811-1812. Disposto a seguir o irmão mais velho com dezoito anos, pediu licença ao pai para ir no lugar do irmão que fazia falta na lida campeira. Com quinze anos se apresentou as forças do nobre D. Diogo d Sousa. Terminada a Campanha da Cisplatina volta para casa, mas depois retorna para combater Artigas em 1816-1820. Anos mais tarde é Tenente de Bento Gonçalves na campanha militar de 1825-1828-que terminou no Tratado de Paz de agosto de 1828. Na 21ª Brigada de Cavalaria Ligeira sob o comando de Bento Gonçalves assistiu a indecisa batalha do Passo do Rosário onde provou sua audácia e valor. Quando eclodiu a Revolução Farroupilha estava ao lado do amigo Bento Gonçalves ainda como David Jose Martins indo até 1836 com esse nome, com o qual assinou a convenção da capitulação de Silva Tavares em 17 de dezembro de 1836. De 1837 em diante passou a assinar David Jose Martins Canabarro, sobrenome adotado por insistência de seu tio e estancieiro. Promovido a general atingiu o posto de Comandante em Chefe das Forças da República Rio-grandense e no qual assinou o Tratado de Paz de Ponche Verde, a 25 de fevereiro de 1845. Nunca foi vencido na revolução farroupilha, mas apenas com um pequeno desastre por mal entendido ao tratar da pacificação de Porongos. Davi Canabarro era o assombro dos contrários. Por isso o ódio que lhe votavam, e a intriga e a calúnia que deveriam leva-lo ás barras do tribunal militar, não fosse o espírito cívico e o culto da verdade do General Osorio, que fez com que o processo fosse arquivado sem ter sido concluido em 1866. (22 anos depois do massacre de Porongos) Canabarro não resistindo o violento golpe, falecia em 1867, (um ano depois do arquivamento do processo. (Tópicos extraido do site Página do Gaúcho e do livro "Construtores do Rio Grande" de Walter Spalding) COMENTÁRIO: Alguns pontos comprometedore nos levam a raciocinar sobre a tragédia de Porongos: 1º - Canabarro abandonara o posto de observação: 2º - prática de adultério com uma mulher casada com um cirurgião do exercito farroupilha, sob seu comando. 3º -Era o Comandante em Chefe das Forças da República Rio-grandense. Porque foi assumir uma função que era de responsabilidade dos comandantes do Corpo de Lanceiros de 1ª Linha? 4º- por que foi á tribunal 22 anos depois do massacre dos lanceiros negros? 5º- Porque o processo não foi concluido ? 6º -de que morreu Canabarro? De vergonha? Desmoralizado? Sentimento de culpa?<|p>

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CEL. ONOFRE PIRES DA SILVEIRA CANTO

O cel. Onofre Pires da Silveira Canto pelo que deduzimos das leituras dos historiadores lidos, positivamente não era um homem normal.Truculência, maldade e vingança, eram elementos de sua personalidade. Qualquer psicólogo de nossos tempos não exitaria de classificá-lo como um homem com desvios da personalidade, e comportamento agressivo. O hábito de falar pelas costas das pessoas com as quais se relacionava, era uma das características negativas do seu temperamento. Os ácidos comentários feitos a quem o ouvia, certamente, e de alguma forma, cairia nos ouvidos dessas pessoas, como os que foram feitos com respeito a Bento Gonçalves.Talvez ouvesse nisso tudo o prevalecimento de sua estatura avantajada em relação as outras pessoas que o temiam, receando um confronto, perigoso. Poderia ser honesto, digno e honrado, mas sua truculência anularia os méritos de suas qualidades morais, e os ofendidos por ele os classificariam como um "bagual chucro" . O temor de ter que enfrentá-lo levavam as gentes a se afastarem dele evitando um possivel confronto, porém, isso não ocorria com Bento Gonçalves que, em razão do parentesco entre os dois, censurava-o e lhe chamava a atenção, fato que levou Onofre Pires a desobecer as ordens do seu comandante, o primo Bento Gonçalves. Como Deputado Provincial na Assembleia de Alegrete, capital provisória da República Rio-grandense,e instigado por partidários nas questões políticas, sua intolerância e o temperamento forte, o levaram a questionar, pelas costas, seu comandante e a chamá-lo de ladrão. Cansado de ouvir dos amigos os péssimos conceitos criados pelo já infame acusador, Bento Gonçalves enviou uma carta a Onofre pedindo para confirmar se era verdade o que dizia a seu respeito. Onofre enviou-lhe documento epistolar confirmando o que levou Bento a desafiá-lo para um duelo no campo da honra. O gigantesco coronel Onofre Pires aceitou confiante em que bateria o "pequeno" general. E deu-se mal. O experiente espadachim, agil, veloz e certeiro nas suas estocadas, atingiu-lhe o braço causando-lhe um profundo corte que o levou a morte dias depois. O coronel farroupilha morreu só, abandonado pelos que julgava ser seus amigos e companheiros de farda.

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CANGUÇU UMA GEOGRAFIA FARRAPA

A bonita cidade de Canguçu,nasceu farroupilha, porque nela e por ela, se desferiram grandes golpes militarmente estratégicos de dois exércitos em campos opostos, numa peleia de 10 anos. A posse de determinados acidentes topográficos ,que mais ,e melhor serviam a natureza de suas táticas, era fundamental para o desenvolvimento de uma guerra diferenciada. Primeiramente na luta contra os espanhóis e depois contra o exército imperial brasileiro, pela independência rio-grandense

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VINÍCIUS RIBEIRO E O MONUMENTO Á JAYME CAETANO BRAUN


O artista é são-luizense, ísto é, é natural de São Luiz Gonzaga, conterrâneo do payador do Rio Grande. O extraordinário trabalho que realiza é uma obra de fôlego e reveladora de todo o seu talento de autodidata. Como sempre digo, o autodidatismo não é nada mais, nada menos do que lembranças de uma vida anterior em que foi um renomado artista da cinzel Se nasceu escultor é porque foi escultor. Não tenho a menor dúvida quanto a isso. <|P>









DOE LIVROS DE AUTORES REGIONALISTAS GAÚCHOS EM PROSA E VERSO Á ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA
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